"Eu agradeço a todos que me disseram NÃO. É por causa deles que fiz tudo eu mesmo."
Frase supostamente atribuída a Einstein


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Outra raridade:

Este é mais um de dois opúsculos raros de Vinicius de Moraes que
troquei por encadernações com um bibliófilo amigo meu.
Os dois exemplares estavam encadernados juntos,
aliás pessimamente, e agora os fiz em duas encadernações; esta abaixo e a outra na
postagem anterior com um estojo de proteção por estar
mais degradado, o qual tive o cuidado de restaurar.


Cinco Elegias Vinicius de Moraes,1943 ponget.
Número 223 de 300 exemplares. Encadernação Plats Rapportés
em pleno couro vacuno lixado nos planos e lombo
em marroquin preto.Douração à chinesa com ouro real.

2 comentários:

Rui Martins disse...

Amigo Marco

Parabéns pelos opúsculos de Vinicius, grande poetado do qual me lembro de alguns espectáculos em Portugal com o Chico Buarque...

Mas vamos ao que interessa.
Como já sabes gosto deste tipo de encadernação, a qual me parece excelente para o tipo de obra e autor.

Apenas alguns reparos (claro que do bibliófilo!):
tenho pena de não teres publicado a fotografia deste exemplar para se ajuizar do seu estado;
o da postagem anterior não me parece assim em tão mau estado, pois “apenas” tem a oxidação do papel, típica da sua qualidade, e a falta das capas de brochura,
o miolo parece-me em relativo bom estado (será assim?);
quanto à caixa-estojo eu utilizo-a (melhor compro assim ou mando fazer) quando se trata de um livro brochado em muito bom estado, ou então, para preservar uma encadernação antiga já deteriorada, mas que pela sua raridade não deva ser substituída;
como tal nunca para um livro brochado danificado (claro que é uma opção);
pois neste caso prefiro uma encadernação que preserve o livro o mais perto da sua forma original: manter, ainda que tenham de sofre alguns restauros, as capas de brochura e, mais difícil, a lombada (que é a que se costuma encontrar mais degradada), aparar o mais levemente possível e pintar apenas o corte superior das folhas (pois protege melhor da poeira e do pó ... grandes inimigos dos livros)

Mas o corte das folhas é, e será, um tema eterno de discussão: aparar ou não aparar eis a questão ... (um dilema quase shakespeariano!)

Um grande abraço do amigo

PS. Tens alguns erros de grafia na postagem (palavras não separadas) que julgo deveres corrigir, pois traduzir o português já é difícil quanto mais ainda com erros.

Marco Pedrosa disse...

Obrigado pela observações da ortografia, frutos da desatensão. Já as corrigi.
Quanto ao opúsculo do estojo tive o cuidado de restaurar e desacifica-lo com bórax.
Mas ao contrário desse último, está sem as capas da brochura. Alguns "encadernadores" do Brasil
têm, (ou tem), a mania de jogar fora a última capa da brochura se esta não tiver nada impresso.
É uma tragédia!
E Sobre refilar livro é algo que abomino. Só o faço em casos extremo e com autorização do dono do mesmo. Conheço profissionais que não tem o menor pudor em refilar livros intonsos e ou com testemunhos.
Como disse uma tragédia!
Sobre as brochuras; acho que um estojo ajuda bem, entretanto vou me valer das palavras de um escritor aqui da minha terra natal,(Belo Horizonte), Eduardo Frieiro,
em seu livro - OS LIVROS NOSSOS AMIGOS. Lá ele diz:
" O livro em Brochura é um livro de pijama ou em hobby de chambre."
Ou seja, é uma coisa provisória.
Só a encadernação protege adequadamente o livro.
Aliás você deveria conhecer este livro do Friero, é excelente.
Abraço grande.